De olho no lançamento do filme ôrí, longa-metragem que documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, passando pela relação entre Brasil e África, tendo o quilombo como idéia central de um contínuo histórico e apresentando como fio condutor a história pessoal de Beatriz Nascimento, historiadora e militante, falecida prematuramente no Rio de Janeiro, em 1995. O filme também mostra a comunidade negra em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, através da concepção do projeto de Beatriz, do "quilombo" como correção da nacionalidade brasileira.
Em Yorubá, “Ôrí” significa “cabeça” ou “consciência”. Esse também é o nome do documentário de Raquel Gerber. Na obra, a diretora aborda a reconstrução da identidade negra no Brasil
Descendente de mãe polonesa e pai russo, a diretora de cinema Raquel Gerber nasceu em São Paulo e teve a construção da sua brasilidade foi fortemente influenciada pelas suas pesquisas cinematográficas sobre a cultura negra no Brasi, segundo a própria Raquel. Em “Ôrí”, Raquel Berger documenta como, na diáspora americana, os negros recriam seu modo de vida e organização. O fio condutor desse recontar é feito junto com a história da militante e historiadora Beatriz do Nascimento, falecida em 1995. No documentário, a relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade da comunidade negra são pensadas a partir da simbologia do quilombo. Zumbi de Palmares é construído enquanto imagem positiva para o homem negro contemporâneo.Raquel Gerber trabalhou junto com Glauber Rocha de 1977 a 1988. É de sua autoria o livro "O mito da civilização atlântica"(Editora Vozes, 1982) cujo título remete a um conceito defendido por Glauber. A publicação resulta de pesquisas hitóricas que Raquel realizou junto com diretor do Cinema Novo e que também foi a sua tese de mestrado na USP.
Descendente de mãe polonesa e pai russo, a diretora de cinema Raquel Gerber nasceu em São Paulo e teve a construção da sua brasilidade foi fortemente influenciada pelas suas pesquisas cinematográficas sobre a cultura negra no Brasi, segundo a própria Raquel. Em “Ôrí”, Raquel Berger documenta como, na diáspora americana, os negros recriam seu modo de vida e organização. O fio condutor desse recontar é feito junto com a história da militante e historiadora Beatriz do Nascimento, falecida em 1995. No documentário, a relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade da comunidade negra são pensadas a partir da simbologia do quilombo. Zumbi de Palmares é construído enquanto imagem positiva para o homem negro contemporâneo.Raquel Gerber trabalhou junto com Glauber Rocha de 1977 a 1988. É de sua autoria o livro "O mito da civilização atlântica"(Editora Vozes, 1982) cujo título remete a um conceito defendido por Glauber. A publicação resulta de pesquisas hitóricas que Raquel realizou junto com diretor do Cinema Novo e que também foi a sua tese de mestrado na USP.
O filme começou a ser realizado em 1977, com o registro do Congresso dos Povos de Origem Africana, em São Paulo, e sofreu influências visíveis do diretor Glauber Rocha“Ôrí”, segundo consta, em ioruba significa “cabeça” e, por extensão, “consciência”. “Ôrí”, o filme, agora relançado no cinema depois de 20 anos, é a tentativa da socióloga e cineasta Raquel Gerber de traçar um painel poético e militante da consciência negra no Brasil, em suas múltiplas facetas.O filme começou a ser realizado em 1977, com o registro do Congresso dos Povos de Origem Africana, em São Paulo, e sofreu influências visíveis do diretor Glauber Rocha -Gerber foi amiga dele e estudiosa de sua obra.“Ôrí”, com sua montagem descontínua e sua mistura de registros, organiza-se em núcleos temáticos: as raízes étnicas, os rituais religiosos, as lutas históricas, as formas de expressão cultural.De um debate acadêmico a uma noite de “black music” no Chic Show de São Paulo, de um ensaio da escola de samba Vai-Vai a um ritual de candomblé, de uma manifestação antirracista a cenas cotidianas de trabalho, o filme se organiza como um caleidoscópio.A costura é feita pela narração em “off” da historiadora e ativista Beatriz Nascimento, que aparece num simpósio na Universidade de São Paulo, bela e altiva como uma Angela Davis sergipano-carioca.O texto, um misto de ensaio antropológico, prosa poética e panfleto político, pode ter envelhecido um pouco, mas continua intacta a força das imagens e dos sons, dando conta de uma riqueza cultural e de uma energia inesgotáveis. Para isso contribui uma concepção de montagem (de Renato Neiva Moreira e Cristina Amaral) mais rítmica e plástica do que propriamente narrativa.“Ôrí” é talvez a mais completa tradução cinematográfica da cultura afro-brasileira em sua dupla dimensão, a de cigarra e a de formiga. No momento em que a “questão racial” volta a ser discutida no Brasil com intensidade, poucos lançamentos poderiam ser mais oportunos.
Saiba mais sobre a Raquel Gerber: http://pt-br.wordpress.com/tag/raquel-gerber/
O filme está em cartaz no espaço Unibanco de Cinema - Glauber Rocha .
Filme sobre a identidade negra na América .
Filme sobre a identidade negra na América .
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