sábado, 27 de novembro de 2010

Lançamento do livro Desconstruindo a discriminação do negro no livro didático



No dia 26 de novembro, a partir das 16h30, será lançado o livro Desconstruindo a discriminação do negro no livro didático, da autoria de Ana Célia Silva. A publicação, da Editora da Universidade Federal da Bahia, terá o lançamento realizado no Pestana Bahia Hotel e a entrada será gratuita.

As relações sociais na escola ainda refletem as consequências do recalque das diferenças internalizado por muitos alunos e professores. A denúncia da discriminação racial na educação tem sido anulada nas escolas através da negação e silêncio perante os rituais racistas cotidianos na vida escolar. Essa tarefa não é restrita aos negros, ela exige a participação de todos os setores democráticos da sociedade.

A segunda edição do livro Desconstruindo a discriminação do negro no livro didático objetiva oferecer condições para que educadores e educadoras possam utilizar o livro didático de forma crítica, transformando-o em um instrumento gerador de consciência reflexiva. Desconstruir a ideologia que desumaniza, contribui para o processo de reconstrução da identidade étnico-racial e da autoestima da criança negra, com efeitos positivos para a sua aprendizagem e sua interação social.

SERVIÇO

O quê: Lançamento do livro Desconstruindo a discriminação do negro no livro didático, da autoria de Ana Célia Silva
Quando: 26 de novembro de 2010, a partir das 16h30
Onde: Pestana Bahia Hotel, Rua Fonte do Boi, nº 216 - Rio Vermelho
Preço do livro: R$ 25,00
Preço do livro (Lançamento): R$ 20,00

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Lançamento da Cartilha Revolta dos Malês : a saga dos mulçumanos baianos


A Escola Olodum lança no dia 17 de novembro, às 16 horas, em sua sede no Pelourinho, a cartilha “Revolta dos Malês - A saga dos muçulmanos baianos”.

Venha pegar gratuitamente o seu exemplar que de forma lúdica, nos traços do cartunista Mauricio Pestana, retrata o episódio histórico (Revolta dos Malês) nem sempre presente nos livros didáticos, mas que se soma a muitos outros fatos que demonstram a coragem, a determinação e a capacidade dos negros de se insurgirem contra a exploração e a opressão.

Esperamos você!

Escola Criativa do Olodum
Rua das Laranjeiras, 30, Pelourinho, Centro Histórico , Salvador - Bahia Cep: 40.026.230 Tel/Fax: 71 33218069
E-mail: escolaolodum@uol.com.br
www.blogescolaolodum.com.br
www.myspace.com/bandaolodummirim

domingo, 24 de outubro de 2010

I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades




Entre os dias 25 de outubro e 18 de novembro, estarão abertas inscrições gratuitas para o I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades – Gênero, Raça e Educação nos Países da Diáspora depois de Durban, através do site www.fiedi.com.br.

O evento, dirigido a professores da rede pública municipal e pessoas ligadas a entidades que atuam nas áreas relacionadas ao tema, acontecerá nos dias 25, 26 e 27 de novembro, no Hotel Pestana (Rio Vermelho).

Os organizadores pretendem reunir cerca de 500 pessoas do Brasil, da Nigéria e dos Estados Unidos em torno de mini-cursos, workshops, mesas de discussões, exposição, lançamento de livros e show de encerramento, onde o tema central será a intersecção de gênero-raça e educação.

Promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Secult), através do Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional de Mulheres Afrodescentes (Fiema) e Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (CENAP), o evento foi idealizado pela Tsedakah – Tecnologia e Humanidades.

Com o Fórum, a Secult pretende multiplicar as discussões e os resultados dentro da rede municipal de educação. Para tanto, todas as propostas retiradas resultarão em recomendações, que nortearão as políticas públicas na capital baiana. “Nosso objetivo é promover a superação das discriminações, sejam elas da ordem do racismo, sexismo ou homofobia”, frisou o secretário Carlos Soares.

domingo, 10 de outubro de 2010

I º Seminário Afrobrasileiro de Artes Visuais


O QUE?
1°Seminário Afrobrasileiro de Artes Visuais

QUANDO?
De 30/11/2010 a 02/12/2010

ONDE?
Abertura do Evento CEAO - Centro de Estudos Afro Orientais
Palestras - Faculdade de Medicina da Bahia


INSCRIÇÕES?

De 04 a 18 de Outubro via e-mail: onipeero@gmail.com,
sob o título: Inscrição 1º Seminário Afrobrasileiro de Artes Visuais .
Enviar
nome completo, data de nascimento, e-mail, endereço, telefone(s), nome da
entidade que representa e função.
Confirmação
de Inscrição via e-mail: De 01/11 a 08/11/10

Contato:
Lívia de Brito
Assessoria de Relações Públicas
Onipé Eró - Assoc. Afrobrasileira de Artistas Plásticos

(71) 8727-9603 / 9604-0912


terça-feira, 5 de outubro de 2010

O espetáculo Áfricas domingo no TCA



Espetáculo infantil: - "Áfricas"
A peça aborda o universo mítico africano em uma tentativa de suprir a escassez de referenciais africanos no imaginário infantil, povoado de fábulas e personagens eurocêntricos.
Chica Carelli, diretora do espetáculo, conta com uma equipe de profissionais renomados, como o coreógrafo Zebrinha, o diretor musical Jarbas Bittencourt, que criou músicas especiais para o espetáculo "Áfricas", os iluminadores Rivaldo Rio e Fábio Espírito Santo e Zuarte Júnior, responsável pelo figurino e adereços, com muitas cores e elementos do cotidiano africano além de um elenco afiado que toca, dança e representa. "Queremos proporcionar um encantamento com a África, suas histórias e despertar a curiosidade de todos em conhecer mais sobre este imenso continente tão importante para o Brasil", afirma Chica. Mais informações No dia 17 de outubro, será apresentado o espetáculo “Áfricas”, primeira montagem infanto - juvenil do Bando de Teatro Olodum no teatro Castro Alves, às 11h, inserido na programação do Domingo no TCA.
A montagem traz ao palco principal do TCA, histórias da África que não costumam ser apresentadas às crianças no âmbito escolar, histórias de lendas e mitos africanos contadas através de personagens cuja identificação com o público, tanto adulto quanto infantil, é fácil e legítima.
A apresentação do Bando para um grande público, já cativo na programação, é uma consagração para o grupo residente do teatro Vila Velha, um dos mais tradicionais da cidade.
O público que for ao teatro Castro Alves no domingo, dia 17, pela manhã, terá a oportunidade de apreciar, aprender e conhecer um pouco mais sobre as raízes afro - brasileiras de forma lúdica e prazerosa, através de um espetáculo que reúne no palco história, cores, gestos e muita emoção.

SERVIÇO:
ONDE: Sala Principal do teatro Castro Alves
QUANTO: R$ 1,00. Os ingressos começam a ser vendidos às 9h, para acesso imediato ao teatro.
QUANDO: Dia 17 de outubro, às 11h.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Terreiro comemora 100 anos com lançamento de livro didático


O Terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, fundado em 1910 por Eugênia Anna dos Santos (Mãe Aninha), comemora um século de existência sediando encontro com secretários da educação dos municípios baianos no dia 26 de agosto, no próprio Terreiro, no bairro de São Gonçalo, em Salvador. Promovido com a parceria da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, o encontro Ófin no Olope (Lei em Ação) traz na pauta o debate sobre a implantação da Lei nº 10.6392003, que inclui História e Cultura Afro-Brasileira como ensino obrigatório no currículo oficial das redes de educação do Brasil.
Na oportunidade, acontece o lançamento do livro didático Epé Laiyé – Terra Viva, de autoria de Maria Stella de Azevedo Santos, conhecida nacionalmente como Mãe Stella de Oxossi. A Secretaria da Educação do Estado da Bahia já adquiriu cinco mil exemplares do livro. Segundo o superintendente de Desenvolvimento da Educação Básica da Secretaria da Educação da Bahia, Nildon Pitombo, “poder contar com instrumentos pedagógicos específicos, construídos com base no resgate e na valorização da cultura ancestral dos negros e negras é muito importante para consolidarmos uma Educação pautada na democracia e no respeito às diferenças”.
O livro Epé Laiyé já vem sendo utilizado na Escola Eugênia Anna dos Santos. Municipalizada em 1998, esta escola funciona há mais de 30 anos dentro do Terreiro Ilê Axé Opó Afonjá e é uma referência nacional na implementação de leis e diretrizes que tratam da Educação para as relações étnico-raciais.
Epé Laiyé – O conteúdo do livro Epé Laiyé aborda questões sobre meio ambiente de maneira lúdica, trazendo as entidades da religiosidade afro-brasileira como personagens de uma aventura ecológica, para enfatizar a importância da preservação da natureza. De acordo com o parecer da Secretaria da Educação da Bahia, “o livro torna-se um potencial instrumento de apoio pedagógico aos professores das escolas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, assim como nas escolas municipais quilombolas, pela sua propriedade teórico-cultural e pela qualidade estética apresentada”.
Mãe Stella – uma das mais importantes Iyalorixás da Bahia, Mãe Stella atua tanto em sua comunidade como nas entidades representativas da tradição africana. É conhecida por recusar a ideia do Candomblé como uma seita sincrética, afirmando a sua legítima condição de religião no Brasil. Líder respeitada como referência de diálogo intercultural e inter-religioso, ao completar 80 anos de vida, em 2005, recebeu o título Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Em 2009, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) concedeu-lhe o mesmo título. Mãe Stella ainda é detentora das Comendas Maria Quitéria (Prefeitura de Salvador) e Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia). Também ganhou, em 2008, o Troféu Palmares, do Ministério da Cultura.
Encontro Ófin ni Olope
10.639: Lei em Ação Programação 26 DE AGOSTO DE 2010

9h – composição da mesa/ bênçãos da Iyalorixá Mãe Stella de Oxossi

9h20 - A Lei nº 10.639 no Estado da Bahia – Secretaria da Educação do Estado da Bahia

9h40 – A Lei nº 10.639 na Cidade de Salvador - Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Salvador

10h – Intervalo/café

10h15 - Apresentação musical do Griô Dudu Rose

10h30 – Palestra: Tradição oral e escrita - Prof. Mestre Carlos Alberto Caetano

11h – Roda de diálogos: desafios para a implementação da Lei

12h – Almoço Exposição de livros ligados à cultura afro-brasileira

13h30 – Oficina Pwer-Provér

15h – intervalo/café

15h30 – Oficina Epé Laiyé

17h – encerramento com Mãe Stella.

sábado, 14 de agosto de 2010

Boa Morte : Patrimônio Imaterial da Bahia

A Festa acontece desde o século XIX e é considerada uma das maiores manifestações culturais da Bahia


A Festa da Boa Morte foi oficializada como Patrimônio Imaterial da Bahia na tarde desta sexta-feira, 25. O decreto foi assinado pelo governador da Bahia, Jacques Wagner (PT).
A festa da Boa Morte, que acontece desde 1820 no mês de agosto, mistura elementos do catolicismo e do candomblé e é considerada uma das mais importantes manifestações culturais da Bahia. A história da festa nasceu quando mulheres negras e ex-escravas se uniam para ajudar escravos a conseguir a liberdade, se reunindo em torno da fé em Nossa Senhora e criando uma confraria católica chamada Irmandade da Boa Morte.

A Festa foi incluída no Livro de Registro Especial de Eventos e Celebrações. O reconhecimento é uma salvaguarda à manifestação cultural afrocatólica, que passa a ter a proteção e o incentivo do Estado e da sociedade civil organizada.

Divulgação - Entre os benefícios diretos do tombamento da festa está a prioridade para a concessão de financiamentos públicos e privados. Segundo o diretor-geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac), Frederico Mendonça, o registro prevê a realização de ações de salvaguarda, como a publicação de um livro e um vídeo documentário sobre a festa, a elaboração do projeto de um memorial da Boa Morte e estudos para a criação de atividades que gerem renda para as mulheres envolvidas na tradição.

Antes do registro, o Ipac realizou estudos técnicos e elaborou um dossiê. O trabalho, que durou cerca de um ano, resultou no documento que foi aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC).

Patrimônio Imaterial - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural"

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua integração com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.

Bahia - Além da Festa da Irmandadade da Boa Morte, são considerados patrimônios imateriais da Bahia o ofício da baiana de acarajé, a roda de capoeira, o ofício dos mestres de capoeira, o samba de roda do Recôncavo, o carnaval de Maragogipe e a festa de Santa Bárbara. Atualmente, está em processo de reconhecimento o desfile dos afoxés no Carnaval de Salvador.

Fonte: A tarde on Line *Com informações da Agecom-BA.

Corpo e Ancestralidade




http://inaicyfalcaoraemestredidi.blogspot.com/

A maioria dos estudos conhecidos acerca da tradição africano-brasileira têm sido analisados a partir do aspecto antropológico ou da transmissão oral; a linguagem corporal e o aspecto educativo têm tido pouca consideração entre os estudiosos da área em questão.

Tenho observado e vivenciado essa situação, sobretudo na área de dança-arte-educação, no que se refere ao ensino e à formação de indivíduos brasileiros. Vejo teorias etnocêntricas continuarem bastante arraigadas disseminadas através do sistema educacional, desestruturando e diluindo a tradição africano-brasileira, impedindo com isso a formação de uma realidade plural artístico-nacional e a descoberta aprofundada e audaz na criação artística e nos métodos educacionais com raízes brasileiras.

No limite deste trabalho, resultado do meu doutorado, o que se qui realizar foi a elaboração de uma proposta na dança-arte-educação, procurando recuperar elementos estéticos e míticos presentes na tradição africano-brasileira, enquanto criação coletiva.

A experiência específica realiza-se no conhecimento teórico e prático vivenciado no universo mítico do tambor Batá, entre os Yorubá, na Nigéria, e seus descendentes no Brasil; depois, essa experiência pôde gerar a elaboração de um poema e montagem cênica Ayán: símbolo do fogo, cujo resultado ofereceu os fundamentos para a metodologia no desdobramento da vivência pedagógica pluricultural e na construção de uma identidade individual.

Inaicyra Falcão dos Santos

BIOGRAFIA

Inaicyra Falcão dos Santos

Inaicyra é cantora lírica, professora doutora, livre-docente (Saiba Mais sobre a tese de livre-docência), pesquisadora das tradições africano-brasileiras, na educação e nas artes performáticas no Departamento de Artes Corporais da Unicamp.

Graduada em Dança pela Universidade Federal da Bahia, com mestrado em Artes Teatrais pela Universidade de Ibadan na Nigéria, doutora em Educação pela USP e livre docente na área de Práticas Interpretativas Universidade Estadual de Campinas.

Frequentou cursos na área de Dança Moderna e Jazz no Studio Alvin Ailey em New York, no Laban Centre for Movement and Dance em Londres e na Schola Cantorum em Paris.

Foi intérprete em companhias de dança e teatro: Grupo de Dança Contemporânea da Universidade Federal da Bahia, Ballet Brasil Tropical (com várias turnês pela Europa e Oriente Médio), Theatre D´Ennah Paris-França e Companhia Intercultural Peter Badejo em Londres (com turnê pela Inglaterra).

Atriz e coreógrafa nos eventos da sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil, SECNEB.

Realizou estudos e pesquisas na Universidade de Ifé e Ibadan na Nigéria.




sábado, 19 de junho de 2010

Igualdade das relações étnico-raciais na escola


Este livro, dirigido para todas as pessoas envolvidas no processo educacional, quer justamente levar a público essas vozes e opiniões, com o intuito de contribuir para o aprimoramento das políticas públicas, conteúdos programáticos e práticas educacionais comprometidos com a reeducação das relações étnico-raciais e com o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas.

A cor do preconceito


A cor do preconceito reúne ficção baseada em fatos reais e uma abordagem informativa bastante diversificada. O livro foi escrito a seis mãos pela escritora Carmen Lucia Campos, pela pesquisadora, historiadora e professora de história Vera Vilhena, além da antropóloga, pesquisadora e diretora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, Sueli Carneiro.

Na história criada por Carmen, o tema do preconceito de cor aparece de modo contundente, num enredo que a autora trabalhou com maestria. Nele, destaca-se a adolescente negra Mira, excelente aluna de uma escola da periferia, que, graças a seus esforços, consegue uma bolsa de estudos num dos melhores colégios da cidade. Em sua nova etapa de vida, ela terá de enfrentar questões ligadas à sua identidade e procurar amadurecer diante de posturas racistas, preconceituosas e intolerantes.

Já a abordagem informativa, disponível em grandes conjuntos de texto ao longo do livro, ressalta a história da África e a influência dos negros na formação do povo brasileiro. Além disso, retoma tópicos abordados na ficção e faz um retrato bastante realista da atual situação dos negros no Brasil. Pequenos ensaios, letras de música, fotos, depoimentos e dados estatísticos enriquecem e aprofundam as informações do texto.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cidade das Mulheres



Documentário: 72 minutos
Diretor: Lázaro Faria
Elenco: Mãe Stella de Oxossi - Mãe Altamira Cecília - Mãe Carmem - Mãe Nitinha de Oxum - Mãe Gisele Cossard - Mãe Bida

Sinopse:
Em 1939, a antropóloga norte-americana Ruth Landes esteve na Bahia pesquisando a raça negra e se surpreendeu com a força e a soberania que as mulheres do candomblé exerciam, formando uma organização matriarcal. Seu pensamento é um dos fios condutores deste documentário, ilustrado por imagens das festas populares e dos cultos africanos, das famosas mães de santo e da beleza exuberante da cidade de Salvador. A produção apresenta Mãe Estela, Yalorixá do terreiro Axé Opó Afonjá - um dos mais antigos e conceituados da Bahia -, que conta a história do candomblé e de sua própria vida. Ela discute o matriarcado, a energia das mulheres e o sincretismo no Brasil. Por fim, fala do futuro e da esperança que tem na continuidade e na força do candomblé.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Africanidades no vestir baiano

Africanidades no vestir baiano , palestra ministrada pelo docente Cláudio Rebello na Celebração ao dia da África, na Escola Parque , no bairro da Caixa D'Água.
Construção de visualidades:
Roupas , acessórios e adereços , cabelos penteados e marcos corporais

O vestuário africano mantêm-se entre povos envolvidos em movimentos negros como forma de identidade. Dentre os militantes e em regiões de maioria negra como a Bahia,especialmente em Salvador observamos que a cultura negra se impõe, e se externa principalmente pelo modo de vestir, pentear e pela atitude .
A presença africana é notada nos panos amarrados, nas roupas soltas no corpo, no rico colorido exuberante, na estamparia extravagante, no colo nu para as mulheres, nas batas para homens e nos turbantes e outras amarrações de cabeça. Estética herdada de nossos ancestrais africanos, que nos foi emprestada.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Influência da Mídia na Percepção da Raça‏

MODA: ESTILISTAS NEGRAS

La Amistad

A história remonta ao ano de 1839, baseada em fatos verídicos , ocorreram a bordo do navio La Amistad. O filme relata a luta de um grupo de escravos africanos em território americano, sua trajetória desde a revolta até o julgamento e sua libertação.

Costa de Cuba, 1839. Dezenas de escravos negros se libertam das correntes e assumem o comando do navio negreiro La Amistad. Eles sonham retornar para a África, mas desconhecem navegação e se vêem obrigados a confiar em dois tripulantes sobreviventes, que os enganam e fazem com que, após dois meses, sejam capturados por um navio americano, quando desordenadamente navegaram até a costa de Connecticut. Os africanos são inicialmente julgados pelo assassinato da tripulação, mas o caso toma vulto e o presidente americano Martin Van Buren (Nigel Hawthorn), que sonha ser reeleito, tenta a condenação dos escravos, pois agradaria aos estados do sul e também fortaleceria os laços com a Espanha, pois a jovem Rainha Isabella II (Anna Paquin) alega que tanto os escravos quanto o navio são seus e devem ser devolvidos. Mas os abolicionistas vencem, e no entanto o governo apela e a causa chega a Suprema Corte Americana. Este quadro faz o ex-presidente John Quincy Adams (Anthony Hopkins), um abolicionista não-assumido, sair da sua aposentadoria voluntária, para defender os africanos.

Atlântico Negro _ Na rota dos Orixás

Trecho do Documentário "Na rota dos Orixás" de Renato Barbieri que investiga uma cultura de resistência de afro-brasileiros e suas diversas manifestações. Foi premiado com o Prêmio Margarida de Prata 1999, 7 º Festival de Cinema de Cuiabá, 6 ª Mostra Internacional do Filme Etnográfico em 1999 e 6 º Vitória Cinema e Vídeo. Faz parte da iniciativa do Itaú Cultural de pesquisar e divulgar os aspectos da Cultura Brasileira.
Neste documentário Barbieri mostra a diáspora negra - o tráfico negreiro entre África e América, que espalhou o povo negro pelo Continente.

sábado, 24 de abril de 2010

IV Semana da África em Salvador


Por iniciativa de estudantes africanos em Salvador e em parceria com estudantes afro-brasileiros, a Semana da África vem sendo realizada em Salvador (BA) desde maio de 2006, contabilizando três edições. O evento vem sendo acolhido pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), através do Centro de Estudos Afro-Orientais e da Pró-reitoria de Assistência Estudantil.
A idéia do evento decorre da intensa vontade de estabelecer trocas científicas entre estudantes e pensadores africanos e brasileiros. O desejo de constituir um fórum acadêmico e cultural com uma periodicidade anual para promover debates acerca de temas referentes às questões africanas e da Diáspora é o ponto fundador da Semana da África. Nesta quarta edição, a Semana pretende pensar processos de independência nos países africanos, bem como propostas que, principalmente, considerem a importância do ensino da história, culturas africanas e afro-brasileiras nas escolas e universidades do Brasil e da África.
Os encontros e debates ocorridos nas edições anteriores têm levado a comunidade de Salvador a tomar essa semana para refletir mais intensamente sobre as especificidades culturais, demandas econômicas e políticas na contemporaneidade, questionando o olhar homogêneo sob o qual o continente africano é comumente visto. Na primeira Semana da África a temática estava centrada na representação da "África no imaginário social brasileiro", trazendo para o cenário dos debates as diversidades que compõem o continente africano. Já a segunda Semana debruçou-se sobre a discussão da unidade africana, enfatizando o Papel da União Africana (UA) nas questões de geopolítica na África. Na terceira edição, o tema foi África: dinâmicas sociais, políticas e culturais na contemporaneidade, como forma de trazer para as reflexões crítico-analíticas a diversidade contemporânea dos povos africanos, a fim de propiciar o não-apagamento e o não-silenciamento da sua história.
Em 2010,a Semana da África será voltada para o processo das independências dos países africanos, que, fragmentados por séculos de colonialismo e escravidão, exigiram, através de suas lideranças, o fim da exploração externa. Um fato histórico de relevância associado a esse tema é a reunião realizada em Adis Abeba, capital etíope, no dia 25 de maio de 1963. Nessa ocasião trinta e dois chefes de Estado africanos proclamaram juntos, em uma única voz, as palavras de ordem, “liberdade, igualdade, justiça e dignidade”, para com os povos africanos. Muitas decisões políticas tomadas nesse encontro foram importantes para o que acontece na contemporaneidade, a exemplo da criação da Organização da Unidade Africana (OUA), atualmente União Africana (UA), a qual se tornou o principal bloco político a reivindicar a África para os africanos.

Programação geral

19 de maio
Reitoria da Universidade Federal da Bahia
16:00h Credenciamento
19:00h Solenidade de abertura
19:30h Conferência de abertura
África: Independências e futuros possíveis

20 a 22 de maio
Escolas públicas de Salvador
09:00h Oficinas pedagógicas - matutino
14:00h Oficinas pedagógicas - vespertino
19:00h Oficinas pedagógicas - noturno

23 de maio
Local a confirmar
16:00h Pequena mostra de cinema africano

24 de maio
Centro de Estudos Afro-Orientais
09:00h Sessões de comunicações coordenadas
11:00h Sessões de comunicações coordenadas

Instituto Anísio Teixeira
14:30h Mesa-redonda
Lei 10.639/03: reflexões de afro-brasileiros e africanos
Mesa-redonda
Políticas afirmativas no ensino superior
16:30h Mesa-redonda
Políticas de saúde, gênero e geração na África e no Brasil
Mesa-redonda
Experiências do socialismo na África: memórias de Moçambique

25 de maio
Universidade do Estado da Bahia
09:00h Sessões de comunicações coordenadas
11:00h Mesa-redonda
Geopolítica dos países africanos: o papel da União Africana
13:00h Almoço
14:30h Mesa-redonda
Água e direitos humanos na África e no Brasil
16:30h Mesa-redonda
Literatura e cinema: relações África-Brasil
19:00h Conferência de encerramento
21:00h Atividade cultural

Objetivo geral

Promover diálogos públicos sobre as relações África-Brasil, a partir da análise do processo das independências africanas.

Objetivos específicos

Refletir sobre a importância das tradições e lideranças no processo das independências;
Analisar questões geopolíticas nos países africanos e o papel da União africana;
Visibilizar a participação de mulheres e crianças no processo das independências africanas;
Avaliar as políticas de intercâmbio cultural entre Brasil e África;
Colaborar para a formação de professores para o ensino de Culturas e Histórias Africanas e Afrobrasileiras, na perspectiva da implementação da Lei 10.639/03;
Promover a integração entre estudantes e pesquisadores africanos e brasileiros.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Lançamento do livro :Pano da Costa


O pano da costa que – segundo alguns historiadores – foi o principal produto africano exportado e consumido na Bahia nos séculos 18 e 19, referência cultural para as nações da costa oeste da África e indumentária sagrada para candomblés baianos, é o principal tema da mais nova publicação do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), órgão do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Cultura (Secult-BA).

O livro intitulado ‘Pano da Costa’ e ilustrado com fotos, pinturas, desenhos e gravuras, será lançado – em parceria com a Fundação Pedro Calmon (FPC) – na próxima sexta-feira, dia 23 de abril, às 17 horas, na biblioteca Manuel Querino, localizada no secular imóvel do Solar Ferrão, na rua Gregório de Mattos, número 45, no Pelourinho, em Salvador.

Na mesma ocasião, o IPAC lançará, também, o folder ‘Patrimônio Cultural da Bahia’ que, pela primeira vez na história do Estado, reúne em uma só publicação todos os bens culturais, materiais e imateriais, existentes no território baiano que estejam protegidos pelos poderes públicos estadual e federal, através de notificações, registros ou tombamentos, respectivamente, como ‘Patrimônio da Bahia’ ou ‘Patrimônio do Brasil’.

O livro ‘Pano da Costa’ traz artigos de historiadores, sociólogos e especialistas do IPAC, além de artistas plásticos e artesãos, constituindo em um importante estudo sobre a história e o método de tecelagem dessa peça têxtil, bem como num resgate histórico e homenagem ao mestre dessa arte, o baiano Abdias do Nascimento Nobre (1910-1994), nascido no bairro de Santo Antônio Além do Carmo, Centro Histórico de Salvador, e descendente de africanos.

A publicação é fruto do ‘Projeto Mestre Abdias e a Tecelagem do pano da Costa’ elaborado pelo IPAC em 1984. Ainda neste ano, foi instalado no terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afnjá o primeiro curso dedicado ao pano da costa, com coordenação do mestre Abdias e da sua filha e seguidora, a artesã Maria de Lourdes Nobre, ambos funcionários do IPAC. Em 1986 foi montado outro curso no mesmo terreiro e, em 1987, o IPAC sedia no seu museu Abelardo Rodrigues, no Solar Ferrão, a exposição ‘Pano da Costa’.

De acordo com o diretor geral do Instituto, Frederico Mendonça, essa é a primeira publicação da coleção ‘Cadernos do IPAC’ que reunirá trabalhos desenvolvidos pelas equipes de técnicos e especialistas da instituição. “Além de promover a preservação dos bens culturais, o IPAC tem por obrigação regimental, pesquisar e promover a produção técnica e científica com a qual trabalha e colaborar na formulação da política de educação patrimonial; com essa primeira publicação cumprimos todas essas prerrogativas”, afirma Mendonça. “O lançamento do livro é o reconhecimento da importância dos ensinamentos do mestre Abdias para a cultura baiana e a garantia do acesso à sua obra pelas próximas gerações”, destaca o diretor geral da FPC, Ubiratan Castro de Araújo.

A primeira tiragem da impressão do livro ‘Pano da Costa’ é de três mil exemplares que serão distribuídos para bibliotecas públicas estaduais através da FPC, escolas e instituições que trabalham com a temática de matriz africana e com o segmento têxtil, entre outros, além de faculdades, universidades e órgãos de preservação cultural. Com a nova publicação resgata-se um passivo de conteúdos específicos da área de patrimônio cultural que já deveriam estar sendo difundidos nos 40 anos de existência do IPAC. “Depois do ‘Pano da Costa’ já dispomos de mais quatro outras publicações que serão editadas, e a próxima será sobre o ‘Carnaval de Maragojipe’ festa popular do Recôncavo que desde o ano passado (2009) está registrada como ‘Patrimônio Cultural da Bahia’”, revela o gerente do IPAC, Mateus Torres.

BOX opcional: PANO DA COSTA - Tradicionalmente integrando o vestuário de africanas provenientes de diversas regiões desse continente, como Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Congo, Benin e Senegal, o pano da costa tornou-se, definitivamente, parte da indumentária das crioulas – escravas negras nascidas no Brasil – que habitavam Salvador, cidades do Recôncavo baiano, Rio de Janeiro, Recife e Minas Gerais já no século 19. Registros apontam que no ano de 1875, por exemplo, somente da cidade de Lagos, na Nigéria, foram exportados cerca de 50 mil panos da costa para o Brasil e mais 130 mil de outros portos africanos também para o nosso país.

Segundo a socióloga da Gepel/IPAC, Nívea Alves, é no contexto sócio-religioso existente no Brasil daquela época que está situada a importância do pano da costa. “O saber e o fazer do pano da costa, sob a perspectiva de uma arte africana introduzida no Brasil, arte esta considerada pelos africanos como sendo a personificação de uma inteligência especial, através da qual o homem aprimora o seu ambiente, ou seja, o africano transforma materiais comuns em coisas de valor, utilizando-se do poder criativo e imaginário”, explica Nívea Alves. Para o especialista em Sociologia da UFBA e um dos autores de textos presentes no livro, Jorge da Silva Maurício, vale salientar a importância e preocupação do IPAC na publicação desse trabalho, tão rico em detalhes, com novas pesquisas sobre o tema, em defesa da preservação dos bens tangíveis e intangíveis no Brasil. “A publicação é enriquecida quando mostra dois terreiros de candomblé, o Ilê Axé Opô Afonjá e o São Jorge Filho da Goméia, oferecendo regularmente oficinas dedicadas à criação do pano da costa”, relata Silva Maurício.

Mais que um item religioso, o pano da costa tem um significado social e cultural. Usado sobre os ombros, tem como função distinguir o posicionamento feminino nas comunidades afro-brasileiras. Com cores vivas, ornado com bordados, fitinhas e rendas, ele quebra o predomínio do branco na roupa das baianas, dando mais vida e riqueza a indumentária. Os primeiros panos da costa foram importados da África, onde são denominados alakás ou panos de alaká. Chegaram, sobretudo, vestindo os corpos das escravas. No século 18 passaram a ser tecidos no Brasil por escravos e seus descendentes, tendo como um dos principais artesãos Abdias do Sacramento Nobre, mais conhecido como Mestre Abdias.

Lançamento: Dicionário de Personagens Afrobrasileiros‏


NA EFERVECÊNCIA DOS DEBATES SOBRE COTAS RACIAIS, RACISMO E RESGATE DAS CULTURAS SUBALTERNAS QUE FORMARAM O NOSSO PAÍS, SURGE UMA IMPORTANTE INICIATIVA, A CRIAÇÃO DO DICIONÁRIO DE PERSONAGENS AFRO BRASILEIROS, OBRA PARA LEVAR À COMPREENSÃO DO MODO DE EXISTÊNCIA DOS AFRO BRASILEIROS NA HISTÓRIA.


O Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da UNEB, o Núcleo de Estudos Canadenses da UNEB e a ABECAN- Associação Brasileira de Estudos Canadenses, convidam para o lançamento do DICIONÁRIO DE PERSONAGENS AFRO BRASILEIROS, que contará com a participação de vários pesquisadores canadianistas de todo o país e da França, preocupados em debater as questões das formações culturais que emergiram nas Américas, local de confrontos entre vários povos para a emergência do chamado Novo Mundo.
O evento acontecerá no dia 6 de maio, às 18h, na Livraria LDM, Rua Direita da Piedade Salvador, Bahia.

A obra que tem a acadêmica Licia Soares de Souza como organizadora é um instrumento de trabalho docente que se alimenta na pesquisa constante em literatura brasileira. Ao mesmo tempo, ela constitui uma leitura agradável para todos aqueles que se interessam pela formação histórica do país.São 61 verbetes escritos por professores de vários estados brasileiros, África e França.


Nasceu de uma preocupação com o surgimento da Lei 10.639/03, do Parecer no.3 e 4, do Conselho Nacional de Educação (CNE) e da Resolução CNE/CP 01/2004, que instituíram a obrigatoriedade do ensino de História da África e das culturas afrobrasileiras nos currículos das escolas públicas e particulares da Educação Básica.

O projeto de Dicionário de Personagens Afro-brasileiros põe em cena as principais figuras literárias, nos séculos XX e XXI, na prosa narrativa, sobretudo, mas igualmente em algumas obras poéticas e musicais, e em contos populares e infantis.

A negritude já representa um importante paradigma para o exame de expressões artísticas que abordam temáticas relacionadas às marcas da cultura africana nas Américas. Os processos de conscientização do valor de tais marcas africanas abrem o caminho para o resgate de todo um universo cultural que sobreviveu, durante séculos, oprimido e relegado ao segundo plano.

Nessa direção, chega-se aos processos de mestiçagem aptos a mostrar que a identidade nacional não é um caminho de mão única, mas, sobretudo, uma encruzilhada para onde convergem várias formas expressivas de saberes distintos.

O papel de todos - brancos, indígenas, negros - na formação da nação é inegável.

Entretanto, pelas vicissitudes históricas, a cultura branca dominou as outras criando fendas profundas que ainda prejudicam o desenvolvimento social.

Os debates sobre essa dominação são intensos e conduzem a muito desencanto em relação a qualquer esforço de valorização das culturas oprimidas, durante séculos.

Buscar a visibilidade de uma cultura, tratada como desigual, sempre levanta discussões relativas ao uso de um racismo inverso, estimulando comportamentos parecidos com os da etnia dominante.

É como se houvesse um movimento de racismo contra o branco, empreendido por negros e índios.

No entanto, todos os esforços de mostrar o peso do negro e do índio na formação nacional só tem um objetivo: apontar para uma riqueza cultural e patrimonial, que cria uma diversidade mestiça, destinada a estampar a originalidade desse país.

Essa obra inédita começa com os afrobrasileiros, contando uma história de dor, sofrimento e opressão, mas também de amizade, com festas, danças, sensualidade, criação artística, vivência popular, utopias políticas.

Essa obra original começa homenageando os antepassados escravos dos brasileiros, e tudo que trouxeram, nessa rica transculturação, para fundar um Novo Mundo.

Na sequência do projeto de valorização de culturas oprimidas, será necessário, mais adiante, a observação e o exame de outras que tiveram a mesma importância no desenvolvimento do país.

Nesse momento, os pesquisadores da Universidade do Estado da Bahia, com o apoio da fundação de pesquisa do estado, sentem-se orgulhosos em formarem uma equipe de pesquisadores de vários estados, da França e da África, para reconhecerem a herança incontornável de um dos povos fundadores da nação.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Conhecendo a Arte de Heitor dos Prazeres

Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro, 23 de setembro de 1898 — Rio de Janeiro, 4 de outubro de 1966) foi um compositor, cantor e pintor autodidata brasileiro.
Heitor começou a trabalhar cedo, na oficina do pai, marceneiro. Dominava o clarinete e o cavaquinho, e seus sambas e marchinhas alcançaram projeção nacional. Um dos pioneiros do samba carioca, Heitor compôs seu maior sucesso, Pierrô Apaixonado, em parceria com Noel Rosa. Nos anos 20, Heitor dos Prazeres foi um dos fundadores da escola de samba Vai Como Pode, que mais tarde chamou-se GRES Portela.
Heitor dos Prazeres adotou a pintura como hábito após a morte da esposa. Nas artes plásticas, Heitor dos Prazeres teve seu trabalho reconhecido no Brasil e no exterior, com obras presentes em numerosas exposições.

Biografia

Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro RJ 1898 - idem 1966). Pintor, compositor, marceneiro. Inicia-se na pintura por volta de 1937, como autodidata, estimulado pelo jornalista e desenhista Carlos Cavalcanti. No período de 1937 a 1946, trabalha em rádios do Rio de Janeiro. Ingressa como ritmista na Rádio Nacional, em 1943. Recebe o 3º lugar para artistas nacionais na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, com o quadro Moenda, 1951, inspirado no universo do trabalho rural. É homenageado com sala especial na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. No ano seguinte, cria cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Realiza sua primeira exposição individual, em 1959, na Galeria Gea, no Rio de Janeiro. Em 1965, Antônio Carlos Fontoura produz um documentário sobre sua obra. Torna-se um artista destacado, atuando como compositor, instrumentista e letrista de música popular brasileira. Participa da fundação das primeiras escolas de samba cariocas, entre elas a Estação Primeira de Mangueira. Em comemoração do centenário de seu nascimento, em 1999, é realizada mostra retrospectiva no Espaço BNDES e no Museu Nacional de Belas Artes. Em 2003, é publicado o livro Heitor dos Prazeres: Sua Arte e Seu Tempo, da jornalista Alba Lírio.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Canto fúnebre para o Haiti



É hora de pensar no Haiti, rezar pelo Haiti e ajudar o Haiti

Pense no Haiti, reze pelo Haiti

O Haiti é aqui

O Haiti não é aqui

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Lavagem do Bonfim


Os festejos da maior festa popular da cidade do Salvador, antes do carnaval, a Festa do Bonfim, acontecem nesta quinta-feira, 14 de janeiro. Sincretizado com o deus do panteão africano Oxalá, Senhor do Bonfim é o santo de maior devoção popular na Bahia. A programação religiosa compreende novena, acompanhada por coral e missa solene. Na festa popular, destaque para a lavagem das escadarias da Igreja do Senhor do Bonfim, realizada geralmente na segunda quinta-feira de janeiro.
Um pouco de história
A Festa do Bonfim ou Lavagem do Bonfim é uma celebração religiosa que tem lugar em Salvador da Bahia, Brasil. Acontece na segunda quinta-feira depois do mês de Janeiro. Teodósio Rodrigues de Farias, oficial da Armada Portuguesa, trouxe de Lisboa uma imagem do Cristo, que, em 1745, foi conduzida com grande acompanhamento para a igreja da Penha, em Itapagipe.
Em julho de 1754, a imagem foi transferida em procissão para a sua própria igreja, na Colina Sagrada, onde a atribuição de poderes milagrosos tornou o Senhor do Bonfim objeto de devoção popular e centro de peregrinação mística e sincrética. Foram, então, introduzidos motivos profanos e supersticiosos no culto.
A festa acontece com a saída, pela manhã, do tradicional cortejo de baianas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, o qual segue a pé até o alto do Bonfim, para lavar com vassouras e água de cheiro as escadarias e o átrio da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim.
Todos se vestem de branco, a cor do orixá, e percorrem 8 km em procissão, desde o largo da Conceição até o largo do Bonfim. O ponto alto da festa ocorre quando as escadarias da igreja são lavadas por cerca de 200 baianas vestidas a caráter que, de suas quartinhas - vasos que trazem aos ombros - despejam água nas escadarias e no átrio da igreja, ao som de palmas, toque de atabaque e cânticos de origem africana. Terminada a parte religiosa, a festa continua no largo do Bonfim, com batucadas, danças e barracas de bebidas e comidas típicas.
O cortejo reúne anualmente milhares de fiéis em busca da proteção das águas perfumadas para limpeza do corpo e da alma.
Essa festa é muito importante para os baianos, pois mostra a fé que eles tem no Senhor do Bonfim.
A festa tem a participação de seguidores do catolicismo, umbanda e candomblé, já que o Senhor do Bonfim de acordo com o sincretismo religioso na Bahia corresponde a Oxalá.