domingo, 13 de novembro de 2011

MUSEU DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA ABRE PARA VISITAÇÃO COM TRÊS EXPOSIÇÕES





Foto por Divulgação
Pintura de Heitor Prazeres que integra o Acervo Inicial do Muncab

O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, o primeiro museu federal neste segmento, será aberto ao público baiano no dia 13 de novembro, como parte das comemorações pelo Dia Nacional da Consciência Negra. Pelo menos dois andares do prédio neoclássico do antigo Tesouro do Estado, no Centro Histórico, sede do museu, serão ocupados por três grandes exposições, todas elas sob a curadoria de Emanuel Araújo, diretor do Museu Afro-Brasil (SP). A primeira é a “Coleção Inicial do Muncab “, que abrange cerca de 260 obras relacionadas com a ancestralidade africana e a contemporaneidade, adquiridas como primeiro acervo do museu. Além disso, a mostra será integrada por uma seleta de fotografias do antropólogo francês Pierre Verger e uma coleção de peças de origem africana pertencente ao acervo do artista plástico argentino-baiano Carybé.

A segunda mostra, intitulada “O Escultor do Sagrado”, homenageia o renomado escultor baiano Mestre Didi, que está completando 94 anos, reunindo cerca de 70 peças de sua produção. Finalmente, a terceira exposição, intitulada “Nós, os Afrodescendentes”, será inaugurada no dia 17 de novembro, abrangendo fotografias de personalidades brasileiras de origem africana, entre os quais Teodoro Sampaio, Luiz Anselmo, Juliano Moreira e Luiz Gama. Esta mostra celebra o encerramento do Ano Internacional dos Povos Afro Descendentes, instituído pela Onu em 2011, e terá como grande homenageado o Monsenhor Gaspar Sadock.

As três exposições, apesar de diferentes na proposta, têm em comum a ênfase na valorização e difusão de aspectos da cultura negra, destacando a sua influência sobre a cultura brasileira. Através de documentos, fotografias, arte religiosa, esculturas, pinturas, ourivesaria e arte contemporânea de diversos artistas nacionais e estrangeiros, o Muncab consolida, assim, a sua preocupação em colaborar para a construção de um lastro cultural africano na Bahia e no Brasil.

Projeto de afirmação cultural

A abertura do Museu Nacional de Cultura Afro Brasileira no dia 13 de novembro vem coroar um processo iniciado em 2007 com as obras de restauração do prédio do antigo Tesouro, localizado no Centro Histórico, nas imediações da Igreja D’Ajuda. Em 2009, ainda em obras, o Muncab realizou a sua primeira exposição: “O Benin Está Vivo e Ainda Lá” . Sucesso de público – foi vista por cerca de 10 mil pessoas – a mostra ajudou a definir o papel do Muncab como referência cultural no cenário afro-brasileiro .

A ideia do projeto, como explica José Carlos Capinan, coordenador do Muncab (que é uma iniciativa da Amafro- Associação dos Amigos da Cultura Afro-Brasileira), é fazer do museu um verdadeiro centro de referência da herança cultural africana. Enquanto as exposições temporárias enfocarão o trabalho de artistas ligados à universo da afro-brasilidade, o acervo da casa será dividido em módulos, privilegiando desde a estética negra à religiosidade afro-brasileira, passando pelas contribuições africanas à língua brasileira e personalidades negras.

Por sua vez, Emanuel Araujo destaca a unidade existente entre as exposições das quais é o curador: “De certa forma, elas obedecem ao perfil condutor do próprio museu, contextualizando o objetivo a que a casa se propõe: contribuir para fortalecimento dos laços entre a Bahia e a Africa”.

O custo total do projeto de construção e funcionamento do Museu está orçado em R$22 milhões. Esse montante compreende a reforma total do prédio, projeto museológico e o início de uma programação de exposições permanentes e temporárias. Nem todo o orçamento foi ainda captado, mas o museu optou em continuar a captação, visando a sua conclusão total, mantendo-se já em funcionamento.



domingo, 9 de outubro de 2011

O livro discute a problemática cultural afro-brasileira


Nesta obra o autor discute a problemática cultural afro-brasileira e suas manifestações artísticas, desde a vinda dos africanos para o Brasil e sua escravidão na Colônia, até às mudanças de configurações culturais e artísticas no império, na modernidade e na contemporaneidade.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

DANÇA AFRO NAS ESCOLAS


A aprovação da Lei 10.639/2003 acompanha a necessidade de refletir sobre a história do negro no Brasil e sua influência na sociedade, sendo a arte um dos legados deixados no Brasil pelas sociedades africanas, é oportuno fomentar, aos profissionais da área das Danças Afros, uma discussão entorno das necessidades para a sua aplicabilidade, avaliar as produções, gerar políticas públicas, e conhecer as diversas possibilidades de métodos explicativos e demonstrativos que vêm surgindo para o ensino das Danças Afros nas escolas e espaços culturais, refletindo sobre estas, como atividades de cultura corporal, histórica e social.
É com este intuito que realizaremos o Encontro “Dançando Nossas Matrizes: um diálogo entre as Danças Afros brasileiras”, evento que pretendente reunir em um só espaço professores, estudantes, pesquisadores e interessados a discutir as Danças Afros na Bahia. Para tanto, venho por meio deste convidar-los para participar deste encontro, será realizado no Espaço Xisto Bahia e no quadrilátero da Biblioteca Central - Barris, nos dias 7, 8 e 9 de junho de 2011, das 08h as 21h00, onde serão realizados: debates, oficinas de artes, apresentação de espetáculos e realização de shows musicais, programação que será oferecida totalmente gratuita para a população.

PROGRAMAÇÃO

Dia 07/06/11 (Matutino)
Foyer
• 08:00h - Café Cultural
• 08:40h – Formação e abertura da mesa
• 09:00h – Abertura do encontro

Tema da mesa: “Necessidades e Aplicação das danças de matrizes africanas nas Escolas de Dança da Universidade Federal da Bahia e Fundação Cultural do Estado”.
Mediador: Professor, Doutor Jaime Sodré da Universidade do estado da Bahia - UNEB
Convidados:
• Elisabeth Rangel – Diretora da Escola de Dança da Funceb
• Leda Muhanna – Diretora da Escola de Dança da Ufba
• Marilza Oliveira – Professora, Coreografa.
• Silvia Rita – Professora, Coreografa, Dançarina
10:30h – Bloco de Perguntas
11:30h – Considerações e Finalizações
12:00h – Intervalo
Salas de Aulas
Dia 07/06/11 (Vespertino)
Oficina de Dança Afro - Professor: Pakito Lázaro Das 14:00h ás 15:30h.
Oficina de Dança Afro - Professora: Nildinha Fonseca Das 15:30h ás 17:00h.
Foyer
Oficina de Estética Afro, Trançado, Turbante e Amarração: Tulany, Dete Lima. Das 14:00h ás 17:30h.
18:00h - Retirada dos ingressos na bilheteria para acesso aos espetáculos.
Dia 07/06/11 (Noite)
19:00h – Intervenções Artísticas
Corpo Sísmico
Lonan: Lucinete Araújo
Caminho: Deise Gabriele, Elivan Nascimento e Noelson
Teatro
19:20h – Sala Principal
Matrizes - Performance Musical
Balé Folclórico da Bahia
20:00h – Encerramento do Dia
(Show)
Portela Açúcar e Banda 6x8
Foyer
Dia 08/06/11 (Matutino)
• 09:00h - Abertura dos Trabalhos
• 09:10h – Formação e abertura da mesa
Tema da mesa: “As Danças “Afros” nas Escolas Públicas: Lei 10639/2003.”
Mediador: Professora, Vanda Cruz - coordenadora geral do Fórum de Quilombos Educacionais da Bahia -FOQUIBA
Convidados:
• Makota Valdina Pinto - Educadora
• Arany Santana – Educadora e Diretora do Bloco Afro Ilê Aiyê
• Stael Machado – Arte educadora, Artista Plástica e Psicanalista Clínica

10:30h – Bloco de Perguntas
11:30h – Considerações e Finalizações
12:00h – Intervalo
Salas de Aulas
Dia 08/06/11 (Vespertino)
Oficina de Dança Afro - Professor: Zé Ricardo Dás 14:00h ás 15:30h.
Oficina de Dança Afro - Professor: Tatiana Campêlo Dás 14:00h ás 15:30h.
Foyer
18:00h - Retirada dos ingressos na bilheteria para acesso aos espetáculos.
Dia 08/06/11 (Noite)
19:00h – Intervenções artísticas
Sala do Coro - Bruno
Grupo Quimtaci, Lino – (Solo)
Sorria Você esta na Bahia - Norma Santana
Teatro
19:20h – Sala Principal
Yabás
Nancy Neves
Corpos Atraídos
Agnaldo e Lucas
Quadrilátero – Biblioteca Central
20:00h – Encerramento do Dia (Show)
Banda Maria Coisa – Show: Outra Vez Marinez
Foyer
Dia 09/06/11 (Matutino)
• 09:00h - Abertura dos Trabalhos
• 09:10h – Formação e abertura da mesa
Tema da mesa: “ Danças “Afros”: memórias, métodos e práticas.”
Mediador: Coordenador dos cursos livres da Escola de dança – FUNCEB, Professor, bailarino e coreografo Matias Santiago.
Convidados:
• Mestre King – Precursor das Danças Afro na Bahia
• Negrizu – Bailarino, professor de dança afro da Fundação Pierre Verger
• Clyde Morgan – Bailarino, coreógrafo e professor de dança
• Robson Correia – Coreógrafo e professor de dança afro da Funceb
• Jackson Pinto – Professor de dança e criador do método Afro-Clássico
10:30h – Bloco de Perguntas
11:30h – Considerações e Finalizações
12:00h – almoço
Salas de Aulas
Dia 09/06/11 (Vespertino)
Oficina de Dança Afro - Professor: Mestre King Das 14:00h ás 15:30h.
Oficina de Dança Afro - Professor: Negrizu Das 15:30h as 17h.
18:00h - Retirada dos ingressos

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Hereros Angola


Pouquíssimas pessoas conhecem tão bem Angola quanto o fotógrafo pernambucano Sérgio Guerra. Responsável pela comunicação do governo angolano, há quase 15 anos ele vive na ponte-aérea Salvador-Luanda. Daí nasceu uma relação de amor profundo com o país africano, dando origem a um dos mais completos registros fotográficos das 18 províncias angolanas e de suas populações, o que resultou em cinco livros. O mais recente, Hereros, é aquele no qual Guerra aprofunda seu olhar sobre a cultura daquele país e a matéria prima para a grande e inédita exposição ‘Hereros Angola’, com cerca de 100 fotos selecionadas pelo artista plástico e curador Emanoel Araujo.
Após ter sido realizada em Luanda e Lisboa, em 2009, com ampla repercussão, a mostra Hereros Angola ganha novos contornos e dimensão maior para exibição em São Paulo. Sérgio Guerra realizou mais viagens ao deserto do Namibe, produziu novas fotos, fruto do estreitamento das relações com os Hereros. Além das fotografias, em diversos formatos, algumas plotadas em grandes formatos, a mostra inclui uma cenografia que reúne vestimentas, adereços e objetos de uso tradicional e ritualístico da etnia. Hereros – Angola traz ainda vídeos de depoimentos colhidos entre os sobas (líderes), mulheres e jovens sobre a sua cultura e a forma como encaram a vida. Parte integrante da mostra são cantos ritualísticos captados entre estes povos. O repertório de imagens, depoimentos e sons reunidos levarão o expectador ao universo destes pastores de hábitos seminômades, que são exemplo da perpetuidade e resistência de uma economia e cultura ancestrais ameaçadas pelo acelerado processo de modernização e ocidentalização dos países africanos. A realização da mostra em São Paulo, no Museu Afro Brasil, ao tempo em que homenageia Angola de forma peculiar, fecha a triangulação entre África, Portugal e Brasil, bases da formação cultural do povo brasileiro.

O autor - Fotógrafo, publicitário e produtor cultural, Sérgio Guerra nasceu em Recife, morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, até se fixar na Bahia nos anos 80. A partir de 1998, passou a viver entre Salvador, Rio de Janeiro e Luanda, onde desenvolve um programa de comunicação para o Governo de Angola. Em suas constantes viagens pelo país, testemunha momentos decisivos da luta pela paz e reconstrução, constituindo um dos mais completos registros fotográficos das 18 províncias angolanas.

Dia: 12 de maio
Hora: 19h30
Local: Museu Afro Brasil – Parque Ibirapuera (Portão 10)
Classificação: Livre
Grátis