Os Orixás são divindades protetoras nascidas da energia primordial da criação dos elementos que compõem o Universo – fogo, água, ar e terra. São energias vivas que residem e se manifestam através da natureza, atuando no destino de todos nós, trazendo influências benéficas e ajudando na evolução espiritual da humanidade.
A palavra de origem yorubana Orisà (significa ori: cabeça, consciência e sà: força, escolha, energia), significa “Guardião da cabeça”, “Força da Consciência”, “Energia da cabeça” e assim por diante.
Dentro da cultura do Candomblé, o Orixá é considerado a existência de uma “vida passada na Terra”, na qual os Orixás teriam entrado em contato direto com os seres humanos, aos quais passaram ensinamentos diretos e se mostraram em forma humana.
Os Orixás são conhecidos em outras partes do mundo como “Ministros” ou “Devas”, espíritos de alta vibração evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que suas Leis sejam cumpridas constantemente.
Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, contamos com um espírito da natureza, um Orixá pessoal que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos.
Quando nossa personalidade começa a ser definida, uma das energias elementais predomina, e é a que vai definir, de alguma forma nosso “arquétipo”.
Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, “Chefe de Cabeça”, “Pai ou Mãe de Cabeça”, ou o nome esotérico “Eledá”. Junto a essa energia predominante duas outras se colocam como secundárias, que denominamos de “Juntós”, corruptela de “Adjuntó”, palavra latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de “Ossi” e “Otum”, respectivamente na sua ordem de influência.
Eledá, Ossi e Otum formam a Tríade do Coronário do médium.
Os filhos de fé não recebem influências apenas de um ou dois Orixás. Frequentemente recebemos influências de outros Orixás. O fato de recebermos influências de outros Orixás, não quer dizer que somos filhos ou afilhados desses Orixás, trata-se apenas de uma afinidade espiritual.
No Brasil são cultuados 16 Orixás: Oxalá, Yemanjá, Xangô, Oxum, Ogum, Iansã, Nanã, Oxóssi, Oxumarê, Ewá, Obá, Ossãe, Exu, Logun Edé, Ibejis, Omulu. Mas em algumas casas encontramos também: Iroko, Tempo, Ifá e Orumilá.
Nos casos de pessoas que não são submetidas ao fenômeno de incorporação do Orixá, observa-se a superioridade hierárquica do Iporí (Essência Divina que, individualiza e desprendida de sua origem, habita cada um de nós) em relação aos Orixás que, nos casos específicos de Ogans e Ekéjis, não permite que o Orixá, mesmo em se tratando de Olorí (Dono da Cabeça) do indivíduo, se aposse ou se manifeste nestas cabeças, o que implica em obliteração parcial ou momentânea de sua presença.
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